quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Experiencia de Fé - Douglas de Souza



Seminarista - Douglas de Souza


Parabéns a todos pela realização do Culto Mensal!

Desde o dia 5 de maio estou tendo a permissão de dedicar no Johrei Center Shida, e gostaria de apresentar aos senhores um breve relato acerca de meus aprendizados nesse período.

Em primeiro lugar agradeço a Deus e a Meishu-Sama pela permissão de vivenciar tão maravilhoso aprimoramento. Agradeço, também, o fato de poder contar com as orientações e orações dos meus superiores e com o sincero amor dos membros.

No Johrei Center Shida eu recebi 3 tarefas:

 

1-    Encaminhar 10 jovens para a Outorga de Jovens do dia 19 de Agosto;

2-    Para elevar meu nível no idioma japonês, todos os dias eu escolho um artigo de jornal, estudo-o, escrevo minhas impressões acerca do que entendi e envio todas as manhãs ao Reverendo Taniguchi.

3-    Visando aprofundar na cultura japonesa, tenho aprendido muitas coisas com os membros, a começar pela culinária japonesa. Para mim que não tenho muita habilidade na cozinha e não gosto muito de cozinhar esse foi um grande aprimoramento. Mas através deste estudo, além da cultura, pude aprender muito sobre a forma de pensar do japonês, por isso agradeço muito por esse aprimoramento.

 

Para conhecer e entrar no dia-a-dia dos membros eu plantei arroz, colhi chá, visitei lugares históricos entre muitas outras valiosas experiências. E ainda por muitas vezes saí de bicicleta portando um mapa para fazer assistências religiosas. Como não conheço os caminhos direito não foram poucas as vezes que eu acabei me perdendo, mas como isso também acabou virando expêriencia pra mim, valeu a pena!

No início eu usava uma bicicleta pequena, que era a única que tinha no Johrei Center. Para mim, que sou bem alto, era bem incômodo. Mas como era só o que tinha procurava sempre agardecer e, com essa bicicleta pequena, pude realizar muitas visitas religiosas.

Houve uma noite em que visitei uma família cuja casa fica a mais ou menos 40 minutos de bicicleta do Johrei Center. Na volta, não haviam passado nem 5 minutos que deixara a casa da família e o pedal da bicicleta quebrou. Não bastasse, bem nessa hora começou a chover bem forte. Nesse momento eu parei, olhei pro céu e disse: “Meishu-Sama, é bricadeira né?!” Mas, de fato, eu não ter mesmo me irritado com a situação me chamou a atenção a ponto de eu mesmo me assustar.

Duas semanas após esse ocorrido, um membro do Johrei Center que ficou sabendo dessa história ofereceu-me a bicicleta que tinha em sua casa. A atual bicicleta é modelo esportivo e alta, muito confortável. Compreendi que, graças a eu ter conseguido sentir verdadeira gratidçao pela bicicleta anterior, eu ganhei a permissão de receber aquela bicicleta nova.

Essa foi só uma dentre as várias várias experiências que pude vivenciar nas atividades de difusão. Porém, contudo, o que considero a experiência mais marcante para mim foi o fato de ter-me sido permitido conhecer a mim mesmo.

Todos os dias Meishu-Sama me permitia experiências e aprendizados maravilhosos, mas dentro de mim eu ainda sentia sentimentos que não queria sentir, coisas que não queria aceitar.. Ficava sempre sofrendo e pensando: “Por quê esse tipo de sentimento ainda existe dentro de mim?” Por mais que fosse elogiado pelos membros, acabava pensando: “Por que estou sendo elogiado? Definitivamente não sou nada disso do que estão pensando!” E com isso passei a só conseguir enxergar meus pontos negativos. Por conta dessa situação, várias vezes ao prestar relatório ao Reverendo Taniguchi sobre isso, recebi a orientação de todos os dias após a oração de ecerramento das atividades (22hs) fazer uma espécie de entrevista com Meishu-Sama, para reconhecer tudo que vinha sentindo e, através da Prática do Sonen, encaminhar ao Messias. Assim o fiz todas as noites.

Um dia em que eu não estava muito bem saí para fazer visita religiosa. Chegando na casa de uma frequentadora, quuando a dona da casa me viu ainda em pé na porta, levou um susto e se emocionou. Mesmo sem entender o por quê daquilo, sem falar nada apenas ministrei Johrei. Ao término do Johrei essa  senhora começou a falar sobre mim: “Quando te vi pella primeira vez ainda na porta me emociononei porque nunca pensei que alguém tão especial como você poderia vir à minha casa. Não sei como explicar, mas o simples fato de você estar awui já me deixa feliz. Passei a gostar de você como se fosse meu filho de verdade.”

Eu não sabia, mas essa senhora não gostava de receber Johrei e por diversas vezes recusou a visita de outros membros.

Nessa noite, enquanto refletia perante Meishu-Sama,  me emocionei muito. Mesmo eu não estando bem, mesmo eu só enxergando meus defeitos, aliás, meus muitos defeitos, mesmo assim Meishu-Sama me permitiu ser utilizado. Quando entendi isso senti profunda gratidão.

Contudo, através da reflexão diária, dos “encontros” com Meishu-Sama e da realização da Prática do Sonen pude enxergar que todos os pontos pelos quais eu vinha sendo elogiado foram coisas que aprendi com meus pais ou que aprendi após ingressar na fé messiânica. Logo compreendi que o elogiado não era eu, mas Meishu-Sama e meus antepassados.

Percebi que dentro de mim havia o desejo de querer ser bem visto pelos outros, de querer ser elogiado, por isso eu mesmo por muito tempo fingi não enxergar meus próprios defeitos e vinha me escondendo de mim mesmo. Para que eu possa progredir e servir cada vez mais à Obra Divina, todos os dias tenho buscado revelar meu eu verdadeiro, criando uma segunda pessoa e me olhando de fora. Além, é claro, da Prática do Sonen.

Graças a poder ter sentido tudo isso, todos esse pontos negativos, comecei a fazer essas reflexões, através das quais comecei a me encontrar com meu eu verdadeiro e começar a enxergar os pontos em que eu vinha me distanciando do sentimento de Meishu-Sama. Por isso compreendi que Meishu-Sama utiliza não apenas nossos pontos positivos, mas também os negativos. Esse foi mais ou menos um resumo do meu aprimoramento até o Culto aos Antepassados.

A partir do Culto aso Antepassados, misteriosamente comecei a conseguir encontrar com vários jovens e, de lá pra cá, já tenho dois jovens confirmados para a outorga do dia 19 de agosto. E ainda tenho algumas visitas agendadas por fazer.

É óbvio que eu quero cumprir com as tarefas que recebi, mas através desse aprimoramento vivido, compreendi claramente que não sou eu quem determino ou realizo. Sou apenas utilizado, e por isso devo me empenhar para me tornar cada vez mais facilmente utilizado por Meishu-Sama. Nada acontece simplesmente porque queremos. Tudo o que acontece, seja o que for, acontece porque há a permissão de Meihsu-Sama. Por isso devo cada vez mais me despir dos meus próprios pensamentos e sentimentos e buscar o sentimento do Messias.

Esse período de aprimoramento aqui em Shida realmente eranecessário para a minha formação. O que eu aprendi aqui, não importa aonde eu vá ou o que eu faça, eu nuncca vou me esquecer. Através de tudo o que vivi aqui pude aprofundar minha fé e me encontrar com o Messias Meishu-Sama que habita dentro de mim, por isso sentirei eterna gratidão.

Por último gostaria de relatar aos senhores uma experiência que vivi relacionada à orientação de nos tornarmos “Pioneiros da Salvação”.

Do dia 2 ao dia 6 de julho realizei visitas a lugares relacionados à vida de Meishu-Sama em Tóquio e Atami, pelo Seminário de Formação Sacerdotal.

Numa noite estava na frente do hotel conversando com meus amigos de Seminário quando notei uma joven de mais ou menos 30 anos passando na rua com uma fisionomia bem triste. Pensei: “Por que será que ela está tão triste?”, e sem falar nada aos meus amigos fui falar com ela.

            (Douglas) – “Com licença! Boa noite! Desculpe, não é uma cantada!!! Não é uma cantada!!!”

            (Jovem) – “O que foi?”

            (Douglas) – Desculpe, mas está tudo bem?”

            (Jovem) – “Sim, tudo bem.”

            (Douglas) – “Desculpe, mas não parece. Há algum problema?”

            (Jovem) – “Não tem nada...”

            (Douglas) – “Bom, mesmo você me dizendo isso, se tiver algum problema, seja o que for, não há motivos pra você ficar tão triste viu! Seja o problema que for, através disso você pode tirar grandes aprendizados e encontrar coisas positivas em qualquer situação viu!”

           

            Quando eu disse isso ela começou a chorar. Eu continuei:

 

            (Douglas) – “Você conhece o Johrei?”

            (Jovem) – “Não.”

            (Douglas) – “O Johrei é uma prática religiosa, mas não é só isso. O Johrei tem por objetivo tornar as pessoas realmente felizes, por isso não pode ser limitado a uma Religião. Posso fazer aqui pra você?”

            (Jovem) – “Sim.”

 

            Com isso ministrei aproximadamente 3 minutos Johrei. A fisionomia da jovem havia mudado, estava mais leve, e eu falei:

 

            (Douglas) – “Sabe, o problema é como uma caixa de presente. Se você não abrir é só mais uma caixa pra você carregar. Mas quando você abre sempre tem algo bom que te deixa feliz não é? Por isso, Independente do problema que seja, descubra o presente por detrás dele!”

           

            Mais uma vez a jovem começou a chorar e eu ministrei mais uns 4 minutos de Johrei, até que ela se recomposse novamente. Depois continuei:

 

            (Douglas) – “De verdade, não estou te paquerando, mas você tem um sorriso lindo, e seus olhos têm um brilho maravilhoso. Pessoas que estão mergulhadas em seus próprios sofrimentos, ao receber um sorriso seu, ou ao olhar esse brilho dos seus olhos podem encontrar nisso a resposta para suas angústias. Podem através do seu sorriso ou do seu olhar enxergar algo bom em suas próprias vidas em passar a terem esperança. Por isso, por favor, independente do problema que possa vir a ter, não econda isso. Caminhe de cabeça erguida mostrando esse sorriso e esse brilho dos seus olhos. Muita gente vai te agradecer por isso viu!”

 

            Nessa hora a jovem respirou fundo com uma fisionomia bem aliviada e sorriu. Como eu estava com receio de ser mal interpretado, uma vez que eram mais de 22hs, apenas agradeci e me desculpei por tê-la abordado de repente, mas antes que eu me virasse pra ir embora essa jovem veio até mim, apertou minha mão e com um sorriso aliviado no rosto disse “De verdade, muito obrigada!!”, e então seguiu seu caminho.

            Para mim, o fato de ela ter, um pouco que seja, se libertado de seus sofrimentos e encontrado alguma alegria me deixou muito feliz. Mas, ao refletir posteriormente, não posso saber o que poderia acontecer àquela jovem se eu não a tivesse abordado e ministrado Johrei. Estou a pouco tempo no Japão, mas já vi que os casos de suicídio não são tão raros por aqui. Por isso agradeço muito ter tido a permissão de ser utilizado por Meishu-Sama.

            Desde o dia 5 de maio até agora pude vivenciar inúmeras experiências. Apresentei aqui apenas algumas para ilustrar um pouquinho da grandiosidade que esse aprimoramento representou para mim. Através dessas muitas experiências pude receber muita força e consolidei ainda mais meu desejo de, junto com meus antepassados, servir à Obra Divina como instrumento de Meishu-Sama.

A todos os meus sinceros agradecimentos.

Muito Obrigado!

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