domingo, 15 de julho de 2012

Experiência de Fé - Takeo Yamane


Experiência de Fé relatada em 25 de março de 2012.

Takeo Yamane

Johrei Center Eikoh Hamamatsu



Eu acredito que Meishu-Sama é o Messias, o nosso salvador!




            Chamo-me Takeo Yamane. Tenho 66 anos de idade e moro no Japão há 21 anos. Sou membro e, há alguns meses eu dedico no Johrei Center Eikoh Hamamatsu.

            Gostaria de relatar aos senhores, uma maravilhosa experiência que vivi recentemente, sobre um grande milagre a mim concedido por Deus e Meishu Sama.

            Por volta de 1965, quando eu tinha 19 anos, morava num sitio localizado na cidade de Santo Andre, juntamente com meu pai, minha mãe e mais dois irmãos. Nós cultivávamos  verduras para serem comercializadas na feira.

            Nossa casa era feita com uma mistura de madeira com barro, e se localizava bem próxima à petroquímica, por isso, era rodeada de torres de alta tensão, o que atraia muitos raios. Sempre que chovia era um “Deus nos acuda! ” Sentíamos, muito medo.

            Certo dia, começou uma tempestade com chuva intensa e ventos muito fortes, acompanhados de trovoadas e relâmpagos. Sempre que chovia as paredes ficavam úmidas e o piso alagado.

Toda a minha familia se encontrava no interior de nossa casa, aguardando a tempestade passar e, eu estava sentado no sofá quando, de repente, ouço um estrondo ensurdecedor e vejo um clarão como um flash. Percebi uma espécie de faísca saindo dos meus pés, que se encontravam sobre o piso molhado. Tão logo constatei que estava recebendo uma descarga elétrica, de um raio que havia caído próximo a nossa casa.

Não me lembro de nenhuma sensação ou reação em mim naquele momento em que fui atingido. Mas minha mãe, que também recebera a descarga elétrica, ficou desacordada em torno de 2 horas.

Achei estranho alguns fatos que ocorreram decorrentes dessa descarga. Por exemplo, os parafusos que fixavam objetos como cadeiras, sofás, mesas, etc e os pregos que fixavam as caixas de madeira ultilizadas para transportar legumes e verduras, todos saltaram como se estivessem sido arrancadas e queimadas.

            Todas as batatas que estavam armazenadas no depósito haviam se estragado, ou seja, os efeitos causados pela queda do raio nos objetos e coisas materiais foram bem visíveis. Mas em nós, seres humanos, com exceção de minha mãe que ficou desacordada, não ocorreu nada fora do normal, naquele dia.

Só no dia seguinte, na hora do banho, notei que haviam nascido três pelotas bem grandes em minhas costas, na altura dos ombros. Pouco tempo depois, iniciaram nesta região, dores agudas e muito intensas, hora tinha a sensação de estar esticando os nervos e hora a sensação de estar espetando algo pontiagudo, continuo. Às vezes, sentia vontade de arrancar aquela parte do meu corpo de tanta dor que sentia, e isso se repetia todos os dias.

À noite, para dormir, era um outro tormento, pois acordava várias vezes. Devido às dores, já não sabia mais o que era ter uma noite de descanso. Com o tempo isso foi influenciando até mesmo em minha personalidade, fazendo com que eu me tornasse uma pessoa nervosa, tensa e negativa.

Devido à minha característica pessoal, à minha formação, e ao conceito machista que sempre tive, nunca fui de falar ou demonstrar esse meu sofrimento.

Busquei ajuda na medicina, acupuntura, massagistas, etc , mas foi tudo em vão, as dores persistiam e acabei me resignando, achando não haver mais solução.

Logo depois que me casei, fui encaminhado pela minha esposa, cuja família era Messiânica e, assim, tornei-me membro da Igreja em 1983. Nessa época, dedicávamos bastante  na ministração de Johrei, pois passávamos boa parte do dia na unidade a que pertencíamos, e me sentia muito bem.

Embora fosse do meu jeito, sempre acreditei em Deus, nos antepassados e na reencarnação.

Vim ao Japão em 1991, acho que como a maioria dos senhores, com o objetivo de melhorar as condições financeiras e, pela falta de informações, pela carga horária intensa de trabalho e outros fatores mais, acabei me afastando das dedicações, até do Johrei e de Meishu Sama.

Há mais ou menos 4 anos, quando morei em Fukuroi, conheci um membro que me conduziu até o Johrei Center daquela cidade. Foi assim que voltei então a frequentar a Igreja. Logo depois, me mudei para Iwata e passei a ir com mais frequência à Igreja.

Há mais ou menos sete meses, um missionário começou a frequentar o meu lar nos finais de semana, com o objetivo de ministrar-me Johrei. Juntamente com outros membros, começamos a nos reunir em sua residência e a fazer reunião no lar. Iniciávamos com Oração, ministrávamos Johrei, estudávamos os Ensinamentos, assistíamos os vídeos da Igreja e finalizávamos com mesa redonda, relatando sobre o nosso desenvolvimento espiritual no dia  a dia.

Desde então, por afinidade passei a frequentar o Johrei Center Eikoh Hamamatsu, onde me foi permitido a dedicar ajudando nos plantões aos sábados. Fui entrevistado pelo Ministro responsável, relatei a ele meus sofrimentos e recebi sua orientação, a qual sigo obedientemente.

Certo dia, o missionário percebeu em minhas atitudes algo que não condizia com minha natureza e me perguntou, porque eu era tão nervoso. Ele me disse que isso estava fazendo muito mal para mim mesmo. Assim,  muito emocionado, eu acabei me desabafando e contei a ele tudo que se passara comigo durante os últimos 47 anos. Disse-lhe também que ainda sofria muito.

Ele me citou vários exemplos de redentores, como  Jesus Cristo e as vítimas do tsunami, e me disse que vim a este mundo para fazer a redenção dos pecados de toda minha linhagem familiar e, principalmente, das minhas máculas acumuladas nas vidas passadas.

Disse-me, ainda, que agora precisaria encaminhar todos os antepassados ligados a essa purificação para Meishu-Sama, para  que juntamente comigo, possam ser perdoados, purificados, salvos e renascidos como verdadeiros filhos de Deus, e recebermos a permissão de dedicarmos na Obra Divina. Mas que a salvação ocorreria quando materializasse a minha sincera gratidão.

Também, que seria muito importante o sonen de salvar os antepassados e não apenas de me livrar da dor. Me pediu para que na hora de fazer a prática do sonen eu não a lesse apenas, mas sim, que antes lembrasse que a dor que estava sentindo não era apenas minha. Neste dia, fizemos juntos a pratica do sonen e encaminhamos os sofrimentos de vários antepassados. Foi impressionante, pois, no instante em que fizemos já comecei a sentir um certo alívio.

Não estava acreditando no que estava acontecendo, parecia  um sonho que estava vivendo.

Como me disse para encaminhar os numerosos antepassados sofredores, venho até hoje praticando todas as manhãs e noites.

Hoje, já não sinto mais aquelas dores. Sinto uma imensa alegria e gratidão a Deus e Meishu-Sama por ter me concedido esse grande milagre. Pareço ter saído de um pesadelo que durou 47 anos.

Consegui um novo emprego e não vejo a hora de receber o meu primeiro salário para poder materializar através do donativo essa imensa gratidão que sinto por ter ganhado uma vida nova, por ter me tirado daquela consciência adormecida que tinha e me tornando uma pessoa um pouco melhor.

Hoje eu acredito que Meishu-Sama é o Messias, o nosso salvador. E acredito também que somos representantes de nossos antepassados, e que eles se manifestam através de nossas purificações. Sei que tenho muitas dívidas com Deus, e mesmo me esforçando o resto da vida, servindo, não seria o suficiente para saldá-las.

Por isso, me comprometo a me empenhar o Máximo daqui para frente, como forma de retribuir a esse milagre que me foi concedido, levando alegria para muitas pessoas através do Johrei!

Meishu-Sama muito obrigado, O Senhor é o Messias!


Experiência de Fé - Elisa S.




Experiência de Fé                                  Data do relato: 2/6/2012

Elisa Shimizu                                                                                                             Local: C. A. Totomi

Johrei Center Eikoh Hamamatsu



            Bom dia a todos.

            Meu nome é Elisa Shimizu. Sou membro da Igreja Messiânica Mundial há 8 anos e dedico no Johrei Center Eikoh Hamamatsu.

            Hoje, gostaria de compartilhar com os senhores algumas das muitas graças que Deus e Meishu-Sama me concederam.

            A primeira delas é com relação à leitura dos Ensinamentos de Meishu-Sama.

            Há alguns anos, participei de um aprimoramento proferido pelo Reverendo  que era o nosso Chefe de Área, no Johrei Center Hamamatsu. Um dos pontos que ele salientou foi a importância da leitura dos Ensinamentos em voz alta, (Fazendo o uso do espírito das palavras faladas), durante trinta minutos diariamente. Ele garantiu que se todos fizessem esta pratica durante um mês, o destino dos praticantes iria tomar um novo rumo.

Nesta época eu estava sofrendo com problemas na vista. Estava com cataratas e estas estavam crescendo, fazendo com que minha visão fosse enfraquecendo muito. Quando eu tentava ler algum livro ou revista, logo desistia, pois a minha vista embaçava, o que me deixava bastante irritada.

Naquele ano, no exame médico anual da fabrica aonde trabalhava fui alertada a procurar um especialista, mas, eu não dei ouvidos àquela recomendação médica.

Não queria usar óculos de maneira alguma.

Voltei para a casa após o aprimoramento com o Reverendo e fiquei pensando em sua orientação. Pensei muito em minha vista que também não estava nada bem, mas, fiquei muito curiosa para saber o que poderia acontecer se fizesse a leitura de Ensinamentos como o Reverendo havia orientado. Em momento algum pensei na possibilidade de acontecer um milagre com meus olhos.

Comecei então a ler os Ensinamentos diariamente. Acordava uma hora mais cedo todos os dias para isso. Não passou nem duas semanas e precisei pregar um botão na blusa do meu uniforme. Com a agulha e a linha na mão, comecei a procurar um passador de linhas para facilitar na hora de colocar o fio no buraco da agulha. Mas como não o encontrava e já estava quase na hora de ir para o trabalho, pensei na possibilidade de faze isso sem o uso do passador. Quando fixei os olhos no buraco da agulha, foi grande a minha surpresa. Eu estava enxergando o buraco da agulha e a linha sem nenhuma dificuldade.

Durante o dia, já no trabalho, fiquei a refletir sobre o que acontecera, sobre o fato de estar enxergando novamente sem dificuldades. Observei que, durante os últimos dias minha vista realmente já não estava mais ficando embaçada, mesmo quando estava lendo os Ensinamentos. Isso fez com que eu sentisse uma alegria muito grande.  

Pensei em como materializar a minha gratidão ao Messias Meishu-Sama pela graça que tinha recebido e, assim, tomei a firme decisão de fazer um donativo de gratidão especial de esforço máximo, oferecendo o equivalente ao salário de um mês de trabalho.

Após receber o pagamento, tive a permissão de materializar a minha gratidão ao Messias Meishu-Sama por essa maravilhosa graça recebida.

Foi grande a  minha alegria quando no ano seguinte, ao fazer o exame medico da fabrica foi constatado que a minha visão estava perfeita.

A seguir, gostaria de contar uma experiência que vivi no mês de abril passado, durante o feriado de golden week, que esta relacionada com a prática do Sonen de encaminhamento e com a gratidão.

Havia mais ou menos três meses que eu estava sentindo dores na região dos rins, lia a prática do sonen achando que era o suficiente. Sempre me vinha na lembrança alguma coisa relacionada a minha finada mãe, que este ano completou 23 anos no Mundo Espiritual. As dores foram aumentando gradativamente e, nos últimos dez dias, já não conseguia ter um sono tranquilo. Acordava no meio da noite sentindo fortes dores e amanhecia com muito inchaço no corpo inteiro. Lembrei-me da minha mãe que partiu para o mundo espiritual com insuficiência renal crônica.

Eu não queria procurar um hospital, mas as dores continuavam a aumentar. Já estava evitando conversar com as pessoas, pois, enquanto conversava, fazia cara feia devido as dores, causando má impressão.

            Certo dia, estava no Johrei Center e recebi Johrei com um Assessor. Logo após encerrar o Johrei ele me perguntou se estava tudo bem. Eu respondi que não, falei sobre as dores que estava sentindo e, durante a conversa, lembrei-me que minha mãe e minha avo sofriam com dores nos rins.

Nesse momento, o missionário me perguntou se eu estava fazendo a Prática do Sonen. Respondi que sim, ao que ele me questionou a forma como eu estava praticando. Então, chegamos à conclusão de que eu não estava fazendo corretamente a pratica do sonen e sim, estava apenas realizando a sua leitura, como mera forma, em busca da resolução de um problema, e não da verdadeira salvação.

            Assim, fizemos o reconhecimento do verdadeiro significado da Pratica do Sonen e da importância de materializar o donativo de gratidão pela salvação dos antepassados que estão se manifestando através das nossas purificações. Em seguida, fizemos juntos a Prática do Sonen.

            No dia seguinte, após o Culto matinal do meu lar, recebi um telefonema do Assessor que queria saber se eu estava passando bem. Como eu havia piorado e já estava até começando a pensar em procurar um medico, ele me orientou que fizesse a prática do Sonen nominal e individualmente para  a minha avo, para a minha mãe e, em seguida, para todos os antepassados ligados a esta purificação, sem me esquecer de fazer o donativo de gratidão pela salvação de cada um deles, colocando o máximo de esforço.

            Ao desligar o telefone, comecei a fazer um mitamamigaki com o sentimento de que minha mãe recebesse Luz no Mundo Espiritual e, durante essa prática, lembrei-me também da minha avo.

            Terminando o mitamamigaki, peguei uma folha de papel e escrevi o seguinte: “Messias Meishu-Sama, Salvador da humanidade. Peço que perdoe, purifique e salve meus antepassados que se manifestam em meu corpo com as  dores que sinto nos rins”. Em seguida escrevi o nome da minha mãe, depois o nome da minha avo e, por ultimo, de todos os antepassados ligados a mim e que sofrem com essas dores. Coloquei minha assinatura e coloquei junto o meu donativo de gratidão. Levei em um sambô para o Altar e entoei a Oração Amatsu Norito. Na pausa silenciosa, fiz a Prática do Sonen para a minha mãe, para a minha avo e para os outros antepassados. Ao termino desta, o telefone tocou e era novamente o assessor perguntando se eu já havia feito ou não a Pratica do Sonen. Disse que sim e, nesse instante percebi que as fortes dores que estava sentindo já não existiam mais. Elas haviam desaparecido por completo. Foi instantâneo!

            Senti uma profunda gratidão naquele momento pela permissão que meus antepassados tiveram de manifestar seus sofrimentos em mim e, finalmente terem sido encaminhados para a salvação no Mundo Espiritual. Como essa gratidão estava latente em meu coração, tive o desejo de materializar um donativo especial de gratidão com meu esforço máximo ao Messias Meishu-Sama pela bênção que recebemos. Fui até o Johrei Center e, diante do Altar o materializei com muita alegria. Essa alegria continua viva dentro de mim até o dia de hoje.

           Agradeço ao Supremo Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus antepassados por esta grande permissão.

            Muito obrigada.






Experiencias de Fé - Fernando H.

Johrei Center Eikoh Hamamatsu, 08 de janeiro 2012


Bom dia, me chamo Fernando Hideki Hatimine, tenho 29 anos e sou membro a 29 anos da Igreja Messianica Mundial.

            Hoje venho, atraves desta experiencia de fe, agradecer a Deus, Meishu-Sama e Meus Antepassados pela oportunidade que tive de ir dedicar na Provincia de Iwate-Ken, durante os primeiros dias deste ano de 2012.

            Bom, mas para conseguir esta permissao, eu tive que fortalecer ainda mais a minha fe no Messias Meishu-Sama.

            Esta minha experiencia de fe comecou durante o mes de outubro de 2011. Quando o lider os oficiantes me perguntou se eu poderia oficiar durante o Culto as Almas dos Antepassados que fizemos no mesmo mes, eu, sem duvidas, disse que sim; mas nao sabia que, este meu sim (com muita vontade de dedicar de corpo e alma), me levaria a algumas purificacoes.

            Na mesma semana que aconteceria o Culto, comecei a passar muito mal na fabrica, e,  tive que faltar duas vezes, e, somando com a falta programada que tinha para o sabado que antecederia o Culto, somaram-se tres faltas, e, com isso, meu salario veio um pouco mais da metade do que recebo normalmente. Posso confirmar para os senhores que, se fosse antes da minha primeira conversa com o Ministro Responsavel do Johrei Center, eu ia ficar muito furioso com Deus e Meishu-Sama, mas, como a felicidade dos membros e frequentadores era muito mais importante, nao liguei muito quando veio o salario, afinal, como sempre aprendemos com os ensinamentos de Meishu-Sama “Para sermos felizes temos que primeiro tornar o nosso semelhante feliz”.

            Outra coisa tambem que me surpreendeu muito foi o superior do meu chefe ter me liberado sem ter perguntado absolutamente nada. Normalmente, os funcionarios tem que pedir a folga com um mes de antecedencia, mas, como eu fui deixando para depois, acabei avisando meu chefe com duas semanas antes, e, ao que ele me disse: “Acho meio improvavel o Kumicho liberar, mas irei tentar.”

            Agradeci, e, logo depois, meu chefe voltou e disse que tudo bem. Contestei o meu chefe e perguntei se o nosso superior tinha perguntado alguma coisa e, ao que ele tambem me disse espantado: “Nao, ele nao perguntou nada, apenas disse que tudo bem”.

            No dia do ultimo ensaio, conversei com o lider dos oficiantes e tambem com o Ministro Responsavel sobre o ocorrido, e, disse-lhes que costumo colocar o sobrenome do meu Kumicho nos formularios, e o Ministro me explicou o seguinte: “Nao foi o seu kumicho que te liberou, e, sim os antepassados dele. Essa foi a forma deles agradecerem a voce por estar sempre se lembrando de todos”.

            Realmente achei estranho o fato de meu Kumicho ultimamente estar andando pela fabrica sempre alegre, brincando e cumprimentando a todos, pois, como trabalho na mesma fabrica a mais de 10 anos, sempre o via de cara fechada, bravo, brigando e nunca cumprimentando ninguem. As vezes, quando ele passava pela minha secao de trabalho, eu o cumprimentava, mas nunca esperava uma resposta, pois sabia do mau-humor diario dele. Mas, naquele mes de outubro, ele estava diferente, sempre sorridente, alegre de verdade.

            Vieram os meses de novembro e dezembro, no qual, durante a festa de aniversario do filho do Ministro, ele e uma assessora vieram e falaram que tinham uma dedicacao para mim no Culto que fariamos no dia 18 de dezembro.

            Eu, sabendo que estavamos perto do Natal, disse meio apreensivo: “Nessa dedicacao nao terei que usar blusa e calca vermelha, terei?” Ao terminar esta minha frase, o Ministro apenas me disse: “Muito Obrigado por ter aceito, conto com voce!”

           Quando cheguei a festinha de aniversario, achei estranho, pois acredito que todos estavam sabendo, menos eu, e, digo aos senhores que tenho imensa vergonha de fazer essas coisas.

            Jah no Culto de Confraternizacao, eu nao tive a permissao de oficiar, e, fiquei somente com a minha dedicacao para depois do Culto.

            Quando estava me aprontando, falava repetidamente as pessoas que estavam me ajudando: “Eu tenho vergonha, eu tenho vergonha! Se eu travar, o Papai Noel vai rir diferente!”

            Mas, quando jah estava com a roupa, e estavamos prontos para descer, parei em frente a Imagem de Deus e Meishu-Sama e agradeci novamente a permissao de estar levando a felicidade para todos, mesmo que morrendo de vergonha.

            Quando estava descendo as escadas, reparei que estavam todos felizes, rindo a vontade, entao, pensei um pouco: “Meishu-Sama desculpe-me por nao ter olhado para sua fotografia no momento que agradeci e pedi sua ajuda neste momento, mas, sei que estamos todos felizes. Muito obrigado!”.

            Agora comeca a parte da minha experiencia aonde eu tenho muito a agradecer a Deus e a Meishu-Sama.

            Na segunda-feira depois do Culto de Confraternizacao, os membros da regiao de Kosai, tinham um estudo com o Ministro Responsavel na casa de uma membro japonesa. Cheguei a residencia desta familia juntamente com o Ministro e lhe perguntei: “Ministro, ainda tem vaga para ir dedicar na regiao Nordeste do Japao?” O Ministro me respondeu que nao havia mais vagas, entao, agradeci e lhe disse que ia em outra oportunidade.

            Depois dos estudos, ficamos conversando um pouco, e o Ministro e a Membro Japonesa que nos cedeu a casa para podermos estudar me perguntaram se eu ia ao Culto do Natalicio de Meishu-Sama no dia 23.

            Eu disse que nao iria, pois estava com uma viagem marcada para o mesmo dia, mas, depois de falar isto, percebi a permissao que estava tendo, e que, nao poderia deixar passar.

            Falei ao Ministro e a Senhora que eu iria ao Culto e, depois viajaria.

            Na quinta-feira, dia 22, durante a noite, eu pedi algo para comer e, a pessoa que veio entregar, perguntou para mim se eu iria ao Culto do Natalicio e se, eu fosse, queria carona. Na primeira vez que este membro me perguntou, eu neguei, dizendo que iria de trem para nao atrapalhar, mas, ele me disse que nao atrapalharia, e ate o ajudaria conversando para passar o tempo mais rapido.

            Agradeci, mas novamente disse que nao. Ao que este membro me disse: “Caso mude de ideia, tem lugar no carro, pois irei sozinho e gosto de ter companhia para conversar”. Entrei em casa, e fiquei pensando: “Deus e Meishu-Sama estao me ajudando, vou ligar para este meu amigo e aceitar a carona!”.

            Liguei para este meu amigo e, no dia seguinte, jah estava tudo pronto para irmos ao Culto do Natalicio.

            Eu realmente nao acreditava que, depois de 10 anos no Japao, teria a Permissao de Assistir ao Culto, pois, em vezes anteriores, eu sempre pedia folga na fabrica e nunca me liberavam.

            Depois do Culto, eu fui viajar para a Provincia de Nagano, e, ja havia esquecido da dedicacao na regiao Nordeste do Japao, ao que, no dia 24 de dezembro, durante a ceia de Natal com meus amigos, o Ministro Responsavel me ligou e disse que havia surgido uma vaga, e, se eu aceitaria ir dedicar.

            Nao pensei duas vezes e aceitei na hora.

            Durante a ceia, meus amigos me perguntaram porque da minha felicidade, e lhes disse que havia recebido o presente mais valioso que recebi em toda minha vida. Eu lhes disse que estava indo para a Terra Natal de Meus Antepassados Maternos fazer trabalho voluntario, e, que este presente nao era um presente qualquer, mas um presente enviado para mim por Deus e Meishu-Sama.

            Quando voltei para a cidade aonde resido, durante o trabalho, comecei a sentir fortemente a presenca de meus avos paternos e meu avo materno, no qual, meu avo materno me falou: “Obrigado por voce ter aceito dedicar na minha Terra Natal, voce nao sabe a felicidade que eu e seus demais Antepassados estamos sentindo, e, por favor, agradeca ao Ministro Responsavel por ter se lembrado do seu nome, e, diga-lhe tambem que tudo correra bem.”

            Durante o descanso, enviei um e-mail ao Ministro dizendo o que havia se passado instantes antes.

            No dia 31, alguns amigos haviam me convidado para passar a virada do ano com eles, mas eu estava pensativo, e resolvi ficar em casa.

            Acordei no dia Primeiro com um sentimento de Estar Voltando. Mas como eu poderia estar voltando a um lugar aonde eu nunca estive?

            Fiquei com aquele sentimento ate a hora de ir ao Johrei Center na cidade de Fukuroi.

            Fui muito bem recebido pelos dedicantes japoneses que ja se encontravam no local, e, logo depois de todos estarem reunidos, fizemos oracao e depois recebemos Johrei do Reverendo Taniguchi.

            Durante a oracao eu me segurei para nao chorar, mas, o mesmo nao aconteceu durante o Johrei. Comecei a chorar e, percebi que o Reverendo havia percebido, e, entao fiquei com mais vergonha ainda.

            Depois das palavras, o Reverendo fez questao de cumprimentar todos os dedicantes, e, parou em minha frente e perguntou se estava tudo bem comigo. Eu lhe disse que estava feliz, pois meu avo materno nasceu na provincia de Iwate, e, tambem lhe disse do sentimento que estava sentindo desde o comeco do dia, de estar voltando a um lugar aonde eu nunca estive.

            Ele me disse para nao me preocupar, pois era um sentimento bom, porque todos os meus antepassados estavam comigo e, estavam indo dedicar comigo.

            Durante todo o trajeto da viagem, fiquei com aquele sentimento no peito e, quando chegamos a Provincia de Iwate, durante uma parada para descansarmos um pouco, disse ao meu avo materno: “Ojii-chan, voltamos”.

            Antes do comeco da dedicacao, paramos em um local e fizemos a Oracao Zengen-Sanji. Senti um forte sentimento dentro do peito, mas segurei e nao chorei. Fomos ver o que havia acontecido na cidade, os locais aonde o tsunami havia passado, e, novamente fiquei segurando para nao chorar.

            Chegando ao local da dedicacao, comecamos a preparar tudo. Quando as pessoas comecaram a chegar, eu pensava que ia encontra-las chorando, reclamando da vida, mas, essas pessoas me ensinaram muito apenas com um sorriso e palavras de gratidao.

            Essas pessoas estavam agradecidas por estarem vivas, por poder ajudar, servir.

            Nao sei explicar, mas qual seria a gratidao maior? Das pessoas que moram naquela regiao por estarem recebendo um grupo voluntario ou, o grupo voluntario por estar ajudando, por estar servindo na obra divina atraves de um trabalho voluntario?

            Na mesma tarde, depois de encerrada a dedicacao, fomos ver a cidade de Kesennuma.

            As imagens foram chocantes, mesmo de todo este tempo passado. Fiquei pensando nas pessoas que se foram, no desespero de todas. Paramos em um lugar para fazermos oracao.

            Ao que o Ministro comeceu a entoar a oracao Zengen-Sanji, um sentimento de gratidao comecou a tomar conta de mim, escutava varias vezes ao ouvido as palavras: “Ajude-me, e, Obrigado!”.

            Depois de terminada a oracao, voltamos ao onibus e, com o Ministro sentado ao meu lado, eu lhe disse: “Triste ver uma regiao virar ponto turistico por causa de um desastre deste tamanho!”.

            O Ministro me respondeu: “Sim, realmente muito triste isso.”

            E ficamos em silencio durante uns momentos pensando.

            Estava anoitecendo e fomos ao local aonde descansariamos para, no dia seguinte, voltarmos a Shizuoka.

            Posso dizer aos senhores que, levar a felicidade as pessoas, realizar o desejo de um antepassado me fez pensar e agradecer muito mais a Deus e Meishu-Sama do que pedir coisas.

            Depois de ter recebido um presente de Deus e Meishu-Sama no dia de Natal, eu nao poderia pedir mais nada para mim, apenas para as pessoas que amo, que quero perto, que quero bem, e, tambem para as pessoas que eu nao gosto, que nao converso tambem.

            Levar a felicidade a uma linhagem familiar, minha linhagem familiar por parte de mae me fez e esta me fazendo ser eternamente grato a Deus e a Meishu-Sama, pois agora, tenho certeza que todos os meus antepassados paternos e maternos, estao dedicando na Obra Divina, igual e juntamente como todos nos aqui.

            Por isso, quero aqui, agradecer de corpo, alma e coracao a Deus, a Meishu-Sama, ao Reverendo Taniguchi, ao Ministro Marcio e a meus antepassados paternos e maternos, mas em especial ao meu avo materno.

            “Ojii-chan, muito obrigado por ter me acompanhado a esta dedicacao. Sei que, o que fiz foi pouco, mas quero que saiba que foi de coracao.”

            Muito Obrigado.