domingo, 15 de julho de 2012

Experiencias de Fé - Fernando H.

Johrei Center Eikoh Hamamatsu, 08 de janeiro 2012


Bom dia, me chamo Fernando Hideki Hatimine, tenho 29 anos e sou membro a 29 anos da Igreja Messianica Mundial.

            Hoje venho, atraves desta experiencia de fe, agradecer a Deus, Meishu-Sama e Meus Antepassados pela oportunidade que tive de ir dedicar na Provincia de Iwate-Ken, durante os primeiros dias deste ano de 2012.

            Bom, mas para conseguir esta permissao, eu tive que fortalecer ainda mais a minha fe no Messias Meishu-Sama.

            Esta minha experiencia de fe comecou durante o mes de outubro de 2011. Quando o lider os oficiantes me perguntou se eu poderia oficiar durante o Culto as Almas dos Antepassados que fizemos no mesmo mes, eu, sem duvidas, disse que sim; mas nao sabia que, este meu sim (com muita vontade de dedicar de corpo e alma), me levaria a algumas purificacoes.

            Na mesma semana que aconteceria o Culto, comecei a passar muito mal na fabrica, e,  tive que faltar duas vezes, e, somando com a falta programada que tinha para o sabado que antecederia o Culto, somaram-se tres faltas, e, com isso, meu salario veio um pouco mais da metade do que recebo normalmente. Posso confirmar para os senhores que, se fosse antes da minha primeira conversa com o Ministro Responsavel do Johrei Center, eu ia ficar muito furioso com Deus e Meishu-Sama, mas, como a felicidade dos membros e frequentadores era muito mais importante, nao liguei muito quando veio o salario, afinal, como sempre aprendemos com os ensinamentos de Meishu-Sama “Para sermos felizes temos que primeiro tornar o nosso semelhante feliz”.

            Outra coisa tambem que me surpreendeu muito foi o superior do meu chefe ter me liberado sem ter perguntado absolutamente nada. Normalmente, os funcionarios tem que pedir a folga com um mes de antecedencia, mas, como eu fui deixando para depois, acabei avisando meu chefe com duas semanas antes, e, ao que ele me disse: “Acho meio improvavel o Kumicho liberar, mas irei tentar.”

            Agradeci, e, logo depois, meu chefe voltou e disse que tudo bem. Contestei o meu chefe e perguntei se o nosso superior tinha perguntado alguma coisa e, ao que ele tambem me disse espantado: “Nao, ele nao perguntou nada, apenas disse que tudo bem”.

            No dia do ultimo ensaio, conversei com o lider dos oficiantes e tambem com o Ministro Responsavel sobre o ocorrido, e, disse-lhes que costumo colocar o sobrenome do meu Kumicho nos formularios, e o Ministro me explicou o seguinte: “Nao foi o seu kumicho que te liberou, e, sim os antepassados dele. Essa foi a forma deles agradecerem a voce por estar sempre se lembrando de todos”.

            Realmente achei estranho o fato de meu Kumicho ultimamente estar andando pela fabrica sempre alegre, brincando e cumprimentando a todos, pois, como trabalho na mesma fabrica a mais de 10 anos, sempre o via de cara fechada, bravo, brigando e nunca cumprimentando ninguem. As vezes, quando ele passava pela minha secao de trabalho, eu o cumprimentava, mas nunca esperava uma resposta, pois sabia do mau-humor diario dele. Mas, naquele mes de outubro, ele estava diferente, sempre sorridente, alegre de verdade.

            Vieram os meses de novembro e dezembro, no qual, durante a festa de aniversario do filho do Ministro, ele e uma assessora vieram e falaram que tinham uma dedicacao para mim no Culto que fariamos no dia 18 de dezembro.

            Eu, sabendo que estavamos perto do Natal, disse meio apreensivo: “Nessa dedicacao nao terei que usar blusa e calca vermelha, terei?” Ao terminar esta minha frase, o Ministro apenas me disse: “Muito Obrigado por ter aceito, conto com voce!”

           Quando cheguei a festinha de aniversario, achei estranho, pois acredito que todos estavam sabendo, menos eu, e, digo aos senhores que tenho imensa vergonha de fazer essas coisas.

            Jah no Culto de Confraternizacao, eu nao tive a permissao de oficiar, e, fiquei somente com a minha dedicacao para depois do Culto.

            Quando estava me aprontando, falava repetidamente as pessoas que estavam me ajudando: “Eu tenho vergonha, eu tenho vergonha! Se eu travar, o Papai Noel vai rir diferente!”

            Mas, quando jah estava com a roupa, e estavamos prontos para descer, parei em frente a Imagem de Deus e Meishu-Sama e agradeci novamente a permissao de estar levando a felicidade para todos, mesmo que morrendo de vergonha.

            Quando estava descendo as escadas, reparei que estavam todos felizes, rindo a vontade, entao, pensei um pouco: “Meishu-Sama desculpe-me por nao ter olhado para sua fotografia no momento que agradeci e pedi sua ajuda neste momento, mas, sei que estamos todos felizes. Muito obrigado!”.

            Agora comeca a parte da minha experiencia aonde eu tenho muito a agradecer a Deus e a Meishu-Sama.

            Na segunda-feira depois do Culto de Confraternizacao, os membros da regiao de Kosai, tinham um estudo com o Ministro Responsavel na casa de uma membro japonesa. Cheguei a residencia desta familia juntamente com o Ministro e lhe perguntei: “Ministro, ainda tem vaga para ir dedicar na regiao Nordeste do Japao?” O Ministro me respondeu que nao havia mais vagas, entao, agradeci e lhe disse que ia em outra oportunidade.

            Depois dos estudos, ficamos conversando um pouco, e o Ministro e a Membro Japonesa que nos cedeu a casa para podermos estudar me perguntaram se eu ia ao Culto do Natalicio de Meishu-Sama no dia 23.

            Eu disse que nao iria, pois estava com uma viagem marcada para o mesmo dia, mas, depois de falar isto, percebi a permissao que estava tendo, e que, nao poderia deixar passar.

            Falei ao Ministro e a Senhora que eu iria ao Culto e, depois viajaria.

            Na quinta-feira, dia 22, durante a noite, eu pedi algo para comer e, a pessoa que veio entregar, perguntou para mim se eu iria ao Culto do Natalicio e se, eu fosse, queria carona. Na primeira vez que este membro me perguntou, eu neguei, dizendo que iria de trem para nao atrapalhar, mas, ele me disse que nao atrapalharia, e ate o ajudaria conversando para passar o tempo mais rapido.

            Agradeci, mas novamente disse que nao. Ao que este membro me disse: “Caso mude de ideia, tem lugar no carro, pois irei sozinho e gosto de ter companhia para conversar”. Entrei em casa, e fiquei pensando: “Deus e Meishu-Sama estao me ajudando, vou ligar para este meu amigo e aceitar a carona!”.

            Liguei para este meu amigo e, no dia seguinte, jah estava tudo pronto para irmos ao Culto do Natalicio.

            Eu realmente nao acreditava que, depois de 10 anos no Japao, teria a Permissao de Assistir ao Culto, pois, em vezes anteriores, eu sempre pedia folga na fabrica e nunca me liberavam.

            Depois do Culto, eu fui viajar para a Provincia de Nagano, e, ja havia esquecido da dedicacao na regiao Nordeste do Japao, ao que, no dia 24 de dezembro, durante a ceia de Natal com meus amigos, o Ministro Responsavel me ligou e disse que havia surgido uma vaga, e, se eu aceitaria ir dedicar.

            Nao pensei duas vezes e aceitei na hora.

            Durante a ceia, meus amigos me perguntaram porque da minha felicidade, e lhes disse que havia recebido o presente mais valioso que recebi em toda minha vida. Eu lhes disse que estava indo para a Terra Natal de Meus Antepassados Maternos fazer trabalho voluntario, e, que este presente nao era um presente qualquer, mas um presente enviado para mim por Deus e Meishu-Sama.

            Quando voltei para a cidade aonde resido, durante o trabalho, comecei a sentir fortemente a presenca de meus avos paternos e meu avo materno, no qual, meu avo materno me falou: “Obrigado por voce ter aceito dedicar na minha Terra Natal, voce nao sabe a felicidade que eu e seus demais Antepassados estamos sentindo, e, por favor, agradeca ao Ministro Responsavel por ter se lembrado do seu nome, e, diga-lhe tambem que tudo correra bem.”

            Durante o descanso, enviei um e-mail ao Ministro dizendo o que havia se passado instantes antes.

            No dia 31, alguns amigos haviam me convidado para passar a virada do ano com eles, mas eu estava pensativo, e resolvi ficar em casa.

            Acordei no dia Primeiro com um sentimento de Estar Voltando. Mas como eu poderia estar voltando a um lugar aonde eu nunca estive?

            Fiquei com aquele sentimento ate a hora de ir ao Johrei Center na cidade de Fukuroi.

            Fui muito bem recebido pelos dedicantes japoneses que ja se encontravam no local, e, logo depois de todos estarem reunidos, fizemos oracao e depois recebemos Johrei do Reverendo Taniguchi.

            Durante a oracao eu me segurei para nao chorar, mas, o mesmo nao aconteceu durante o Johrei. Comecei a chorar e, percebi que o Reverendo havia percebido, e, entao fiquei com mais vergonha ainda.

            Depois das palavras, o Reverendo fez questao de cumprimentar todos os dedicantes, e, parou em minha frente e perguntou se estava tudo bem comigo. Eu lhe disse que estava feliz, pois meu avo materno nasceu na provincia de Iwate, e, tambem lhe disse do sentimento que estava sentindo desde o comeco do dia, de estar voltando a um lugar aonde eu nunca estive.

            Ele me disse para nao me preocupar, pois era um sentimento bom, porque todos os meus antepassados estavam comigo e, estavam indo dedicar comigo.

            Durante todo o trajeto da viagem, fiquei com aquele sentimento no peito e, quando chegamos a Provincia de Iwate, durante uma parada para descansarmos um pouco, disse ao meu avo materno: “Ojii-chan, voltamos”.

            Antes do comeco da dedicacao, paramos em um local e fizemos a Oracao Zengen-Sanji. Senti um forte sentimento dentro do peito, mas segurei e nao chorei. Fomos ver o que havia acontecido na cidade, os locais aonde o tsunami havia passado, e, novamente fiquei segurando para nao chorar.

            Chegando ao local da dedicacao, comecamos a preparar tudo. Quando as pessoas comecaram a chegar, eu pensava que ia encontra-las chorando, reclamando da vida, mas, essas pessoas me ensinaram muito apenas com um sorriso e palavras de gratidao.

            Essas pessoas estavam agradecidas por estarem vivas, por poder ajudar, servir.

            Nao sei explicar, mas qual seria a gratidao maior? Das pessoas que moram naquela regiao por estarem recebendo um grupo voluntario ou, o grupo voluntario por estar ajudando, por estar servindo na obra divina atraves de um trabalho voluntario?

            Na mesma tarde, depois de encerrada a dedicacao, fomos ver a cidade de Kesennuma.

            As imagens foram chocantes, mesmo de todo este tempo passado. Fiquei pensando nas pessoas que se foram, no desespero de todas. Paramos em um lugar para fazermos oracao.

            Ao que o Ministro comeceu a entoar a oracao Zengen-Sanji, um sentimento de gratidao comecou a tomar conta de mim, escutava varias vezes ao ouvido as palavras: “Ajude-me, e, Obrigado!”.

            Depois de terminada a oracao, voltamos ao onibus e, com o Ministro sentado ao meu lado, eu lhe disse: “Triste ver uma regiao virar ponto turistico por causa de um desastre deste tamanho!”.

            O Ministro me respondeu: “Sim, realmente muito triste isso.”

            E ficamos em silencio durante uns momentos pensando.

            Estava anoitecendo e fomos ao local aonde descansariamos para, no dia seguinte, voltarmos a Shizuoka.

            Posso dizer aos senhores que, levar a felicidade as pessoas, realizar o desejo de um antepassado me fez pensar e agradecer muito mais a Deus e Meishu-Sama do que pedir coisas.

            Depois de ter recebido um presente de Deus e Meishu-Sama no dia de Natal, eu nao poderia pedir mais nada para mim, apenas para as pessoas que amo, que quero perto, que quero bem, e, tambem para as pessoas que eu nao gosto, que nao converso tambem.

            Levar a felicidade a uma linhagem familiar, minha linhagem familiar por parte de mae me fez e esta me fazendo ser eternamente grato a Deus e a Meishu-Sama, pois agora, tenho certeza que todos os meus antepassados paternos e maternos, estao dedicando na Obra Divina, igual e juntamente como todos nos aqui.

            Por isso, quero aqui, agradecer de corpo, alma e coracao a Deus, a Meishu-Sama, ao Reverendo Taniguchi, ao Ministro Marcio e a meus antepassados paternos e maternos, mas em especial ao meu avo materno.

            “Ojii-chan, muito obrigado por ter me acompanhado a esta dedicacao. Sei que, o que fiz foi pouco, mas quero que saiba que foi de coracao.”

            Muito Obrigado.

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