sábado, 11 de abril de 2009

Experiência de Fé - J.C.Eikoh Fukuroi {Marcelo K.}

Iwata, 08 de Março de 2009

EXPERIÊNCIA DE FÉ DE MARCELO KIAM - {De Frequentador antes de receber o OHIKARI}


Bom dia à todos
Meu nome é Marcelo Kiam, sou freqüentador da Igreja Messiânica Mundial há aproximadamente 6 meses.
Bem, antes de eu começar a contar a minha experiência de fé, permitam-me contar-lhes, de forma bem resumida como a Igreja Messiânica esteve presente em quase toda a minha vida.
Em meu aniversário de 8 anos vieram alguns parentes e amigos em casa para comemorarmos. Então, minha tia, que na época trabalhava de enfermeira alertou minha mãe que eu estava muito inchado e com o rosto manchado.
Na segunda feira meus pais me levaram em um posto de saúde no Catumbi, perto da Vila Maria. Eu fiz alguns exames e ficamos esperando pelo resultado no corredor, eu não me lembro muito bem se ficamos muito tempo, mas quando o médico nos encontrou no corredor ele disse que eu não poderia estar ali, de pé e que eu deveria fazer repouso absoluto.
Foi diagnosticado que eu estava com NEFRITE, fui internado imediatamente, permanecendo por quinze dias em repouso absoluto, (Que para um menino de 8 anos é impossível). Tomando medicamentos e fazendo dieta.
Após eu ter recebido alta tive que continuar fazendo dieta, porém não tão rigorosa, e repouso absoluto.
Foi nesta época que meus pais tiveram contato com a Igreja Messiânica pela primeira vez, não era a Igreja Messiânica Mundial.
Era a Igreja Messiânica Universal, e na época as atividades aconteciam na casa do Reverendo, na Vila Mariana.
Não me lembro exatamente do teor da conversa entre o Reverendo e meus pais, mas lembro de meus pais comentando que eu não precisaria mais fazer dieta nem repouso. Que o que eu tinha era uma purificação e que eu só precisaria receber Johrei.
Passaram alguns meses, e meus pais me levaram na Escola Paulista de Medicina para mais uma bateria de exames, e em todos os exames o resultado foi ¨negativo¨ .
Passaram os anos e meus pais já eram messiânicos, meus tios, inclusive um tio que era ateu convicto, tornou-se messiânico e toda a família dele. Enfim, quase todos da minha família acabaram tornando-se messiânicos.
Mas, em minha fase de pré-adolescência e na adolescência eu me afastei da Messiânica.
Aos catorze anos de idade eu comecei a consumir bebidas alcoólicas, e aos quinze comecei a fumar. Dos catorze até os vinte e sete anos eu consumia quantidades absurdas de bebidas alcoólicas, neste período minha família passou por todo tipo de provações que um alcoólatra pode proporcionar.
E eu sei que mesmo assim meus pais jamais perderam a fé, pois várias vezes eu os encontrei ministrando Johrei em mim enquanto eu dormia. E também já escutei minha mãe comentando que colocava meu nome no altar para fazer oração.
Eu vim para o Japão com vinte e dois anos, sem um objetivo claro, meu pai havia sofrido um derrame cerebral algum tempo antes.
Viemos eu e minha irmã acima de mim, isso foi em Dezembro de 1990.
Em 1992 recebemos a notícia que meu pai havia falecido, e não tínhamos dinheiro para poder retornar ao Brasil. Foi uma fase muito difícil. Pois além da dor da perda, eu sabia que eu não tinha sido o filho que meu pai esperava que eu fosse.
Mas foi aqui no Japão também que eu conheci minha esposa, que eu acredito não ser coincidência, também vem de família de messiânicos.
Nesta época minha mãe já freqüentava a Igreja Messiânica Mundial, e em 1996 nasceu meu filho, (...), foi em dois de Abril de 1996, e neste dia eu parei completamente de beber. Eu consegui satisfazer duas vontades dos meus pais, uma era largar a bebida, a outra era que eu lhes desse pelo menos um neto que continuasse com o sobrenome da família.
Eu sempre quis que meus filhos tivessem a mesma educação que eu tive; Com os mesmos valores, o carinho que nunca me faltou e o apoio que eu tive até mesmo quando eu não fiz por merecer.
Meus pais sempre me falaram a respeito da importância do Culto aos Antepassados, do desapego, altruísmo, enfim eu havia sido educado de acordo com os ensinamentos do Messias Meishu Sama.
Em 1997 retornamos ao Brasil, apesar de termos ido somente para passear, decidimos ficar. Eu comecei fazer sushis para entregar em churrascarias, e no começo até que estava indo bem, porém as coisas começaram a regredir até ao ponto em que tínhamos que contar com a ajuda de familiares para viver.
Em 1999, nasceu minha filha, (...), ela nasceu em um hospital público, o que desagradou alguns parentes. Mas nós não tínhamos a mínima condição de arcar com as despesas de um hospital particular. Graças a Deus ela nasceu forte e saudável. E apesar de todas as dificuldades nós sempre acreditamos que Deus jamais nos deixaria desamparados.
Foi uma época bastante difícil.
Foi então que um dia minha mãe me convidou para irmos ao Solo Sagrado de Guarapiranga, Como as vendas estavam péssimas, tínhamos tempo de sobra para irmos.
Nesta época a Igreja Messiânica Mundial era algo muito distante de mim. O único contato que eu tinha com a Messiânica eram os cultos mensais que aconteciam na casa do meu sogro.
Preparamos então, o lanche no dia anterior, e de manhã, acho que eram 6:00h, já estávamos no local determinado para esperarmos o ônibus. Ficamos por quase duas horas esperando. Já estava desistindo quando, finalmente chegou o ônibus.
Passamos o dia lá, assistimos ao Culto, recebemos Johrei e ficamos andando por lá. Eu via aqueles jardins em estilo japonês, algumas flores que eu via por aqui, e sentia que tinha deixado alguma coisa para trás, algo inacabado aqui no Japão. Aliás, todo tempo em que eu estive no Brasil eu tive este sentimento.
Mas, sempre, no final, eu acabava achando que era simplesmente saudades da vida relativamente tranqüila que nós tínhamos aqui no Japão.
A partir deste dia as vendas começaram a melhorar sensivelmente.
Meu primo, (também Messiânico). Havia me ensinado a fazer esfihas, e eu fiz algumas de amostra.
Lembro muito bem que eu não tinha dinheiro quase nem para começar a fazer os salgados. Comprei o mínimo possível de todos os ingredientes.
Como todo começo foi bem trabalhoso, chegamos a ter pedidos de cinco unidades, e para ser entregue logo de manhã. E não podíamos nos dar ao luxo de escolher os clientes.
Mas, a aceitação foi muito boa e em pouco tempo eu já tinha uma boa clientela. Os pedidos cresceram de uma forma que eu e minha esposa decidimos retornar ao Japão para juntar capital para comprarmos maquinário para os salgados.
Retornamos ao Japão em 2000, e começamos a trabalhar na escola da minha irmã em Iwata.
Na escola tinha uma senhora que nos conhecia há muito tempo , a Dna. (...), ela que nos dizia quando iria ter Cultos no Johrei Center de Fukuroi, ela sabia que nossos pais, (Meus e de minha esposa), eram messiânico, então ela nos convidava. Era mais ou menos em 2002.
E sempre que podíamos nós íamos aos cultos, porém ainda sem muita convicção. Acho que íamos mais porque sabíamos que era bom.
Em 2007, minha mãe veio passar uns meses aqui, vieram também uma tia e uma prima. Então fomos eu, minha mãe, minha tia, minha prima e a Dna. (...) para o Solo Sagrado de Atami. Apesar de estar em contato com a Messiânica com certa freqüência eu ainda não estava convicto.
Foi somente em outubro 2008 que eu comecei a freqüentar mais assiduamente o Johrei Center de Fukuroi, e mais uma vez percebo que vem ocorrendo mudanças em mim.
Primeiro eu me dei conta que, depois de eu ter começado a freqüentar o Johrei Center de Fukuroi, há aproximadamente seis meses, eu deixei de tomar analgésicos para combater um dor de cabeça que me acometia com muita freqüência. Quase que diariamente, eram dores muito fortes que por diversas vezes me deixara de cama.
Estas dores, como eu disse, eram quase que diárias, tornando-se mais fortes nos finais de semana. E por causa disso eu sempre tomava muitos analgésicos. Brasileiros, japoneses o que tivesse, várias vezes cheguei a tomar quarenta gotas de Dipirona logo de manhã.
Eu já havia feito vários exames, inclusive duas tomografias, mas os médicos não acharam nada, eles diziam que era Katakori, problema de pressão, fígado e receitavam mais remédios, alguns até traziam alívio, mas era apenas temporário.
Enfim, essa dor de cabeça já havia alterado minha qualidade de vida há tempos. E eu já estava tão acostumado com esta dor, que eu levei algum tempo para me dar conta que eu já não sentia mais estas dores.
Então automaticamente eu parei de consumir medicamentos.
Outro fato que eu percebi, foi eu ter mudado bastante de postura, passei a adotar uma postura mais cordial, confiante, mais otimista e flexível. Antes eu era bastante intransigente, tinha minhas opiniões e não concordava com uma segunda opinião de quem quer que seja. Agora eu tenho muito mais propensão a escutar e analisar antes de tomar uma atitude.
E também sempre fui bem humorado e brincalhão, mas também era muito instável e isto deixava as pessoas ao meu redor bastante desorientadas quando ia tratar de algum assunto sério comigo.
Mas aos poucos estou conseguindo mudar esta situação.
E, antes o conceito de Fé, para mim, era uma coisa muito vaga, eu sabia que era muito importante, porém eu não sentia, ou melhor, eu não sabia como era ter fé ou praticar a fé.
Mesmo tendo recebido muitas graças através da Igreja Messiânica, ao longo da minha vida, e de respeitar a Igreja Messiânica, e reconhecer estas graças, eu não conseguia sequer ter um sentimento mais profundo pela Igreja Messiânica ou qualquer outra religião.
Mas, hoje apesar de estarmos atravessando esta difícil fase de purificação, sem eu me esforçar, eu estou conseguindo me manter com uma postura serena e tranqüila. Através do Johrei, da Prática do Sonnen e dos Ensinamentos, eu estou conseguindo resgatar este sentimento de gratidão, este ímpeto de retribuir todas as graças, que não somente eu, mas toda minha família tem recebido.
Mas, o mais impressionante e o que mais me deixou feliz, foi o que me aconteceu durante a outorga de janeiro, no Solo Sagrado de Atami.
O que passo a relatar a seguir:
Fomos com um grupo grande para o Solo Sagrado, e lá chegando fomos recepcionados pelo Sr. (...), que nos levou até ao Altar para fazermos a reverência.
Lá, diante do altar o Sr. (...) começou a explicar os detalhes para algumas pessoas que estavam indo pela primeira vez, como se faz as reverências.
Então, no momento em que ele estava nos orientando em como fazer a oração silenciosa, em que ele disse:
_“Eu, juntamente com meus antepassados...” Eu senti a presença dos meus antepassados atrás de mim, foi uma presença muito forte, e eu fui tomado por uma emoção muito grande!
Sentia que, se eu virasse para trás eu veria todos eles ali.
De algum modo eu sabia que eles estavam muito felizes. Foi uma emoção que somente com estas palavras eu não conseguirei descrever.
Tudo aconteceu muito rápido, mas naquele momento eu percebi que estava no caminho certo. Era uma certeza que há muito tempo eu vinha procurando, inconscientemente. Eu só me dei conta desta busca depois da descoberta.
E esta alegria da descoberta, a sensação as emoções que eu senti naquele breve momento, apesar de serem indescritíveis, afloram toda vez que eu toco no assunto.
E, agora quando eu me lembro deste acontecimento, me vem à cabeça, uma imagem. É como se eu estivesse me vendo naquele momento, como um expectador, durante a reverência, e conseguisse ver os antepassados que estavam atrás de mim.
Durante os últimos anos eu já tinha ido a diversos lugares, Mesas Branca, Sessões Espírita, etc. E devo reconhecer que, em todos os lugares também houveram momentos de grande emoção, e também sou muito agradecido por tudo isso. Porém, a emoção que eu tive a permissão de viver naquele dia, eu jamais em toda minha vida havia sentido. Eu percebi que tudo o que nós estamos fazendo, é justamente o que os nossos antepassados queriam que nós fizéssemos.
Hoje eu agradeço muito ao Supremo Deus e ao Messias Meishu Sama, pela permissão de ter vivenciado tudo isto, e poder compartilhar com todos vocês. E somente peço, humildemente, que eu me torne suficientemente digno e disciplinado para ajudar na construção do Paraíso Terrestre.
Que eu possa de alguma maneira contribuir para que mais pessoas tenham a oportunidade de se sentirem felizes assim como eu me senti naquele dia, e me sinto agora.

MUITO OBRIGADO

Experiência de Fé - J.C.Eikoh Fukuroi
Ministro Marcio

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